Telegramas diplomáticos foram usados para tentar incriminar mais uma vez o ex-presidente Lula
Por: Agência PT, em 30 de agosto de 2015 às 11:32:00
Na edição desta semana, a revista
“Época” usou, novamente, afirmações “falsas” e “manipulação criminosa”
de documentos oficiais para tentar atingir o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Segundo o Instituto Lula,
de forma “irresponsável e maliciosas”, a publicação agiu insiste em
atribuir ao petista condutas “supostamente ilícitas” que ele jamais
adotou ou adotaria.
“Esta matéria é uma combinação de má-fé
jornalística com ignorância técnica”, disse o Instituto Lula. Para eles,
o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento
ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores.
“Ao contrário do que sustenta a matéria,
a leitura isenta e correta dos telegramas diplomáticos, “reproduzidos
apenas parcialmente”, atesta a conduta rigorosamente correta do
ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com
dirigentes empresariais brasileiros”, afirmou.
A matéria acusa o ex-presidente Lula de
ter tratado de assuntos ilícitos em uma reunião, em Cuba, com dirigentes
de empresa brasileira, porém a presença de um representante diplomático
do Brasil na reunião demonstra que nada desse tipo poderia ter sido
tratado no encontro.
O mesmo se aplica ao relato, para o
citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o
financiamento de exportações brasileiras para Cuba. A revista afirma que
houve um exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do
Itamaraty.
De acordo com o instituto, os
procedimentos comerciais e financeiros citados nos telegramas
diplomáticos são corriqueiros na exportação de serviços. Ainda segundo a
assessoria do ex-presidente, a “TV Globo” exporta novelas para Cuba
desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia
fechada do antigo bloco soviético.
O Instituto Lula afirma também que, em
consequência do bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos,
empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e
restrições pela legislação dos EUA.
“Por isso, evitam instituições
financeiras sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma
agência do governo dos EUA e não um “organismo internacional de
fiscalização”, como erra a revista”.
BNDES - O texto da
revista insinua que o ex-presidente tenha interferido em decisões do
BNDES, fato impossível de acontecer devido aos procedimentos internos de
decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição.
As Organizações Globo tiveram um
relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002,
no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do
PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e
outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$
361 milhões.
Em nota emitida neste sábado (29), para
desmentir a revista, o BNDES esclarece que “os financiamentos a
exportações de bens e serviços brasileiros para as obras do Porto de
Mariel foram feitos com taxas de juros e garantias adequadas”, e que os
demais contratos mencionados não se realizaram.
Acrescenta que “o relacionamento do
BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final da década de 1990, sem
qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos”.
“Ao falsear a verdade sobre a atuação do
ex-presidente Lula no exterior, os jornalistas da revista Época tentam
criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse
tipo noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos
brasileiros”, finalizou.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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