Por: Agência PT, em 25 de agosto de 2015 às 19:12:41
A
concentração dos meios de comunicação nas mãos de um pequeno grupo de
empresários não é uma exclusividade brasileira. A prática se repete em
outros países da América Latina e do Caribe.
O
problema, adverte a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), é
que a formação de oligopólios ou monopólios de mídia atenta contra a
democracia e a liberdade de expressão, por restringir o acesso de
determinados grupos sociais, geralmente os mais vulneráveis, aos meios.
“Isso tem
implicações no processo democrático, pois um dos pressupostos da
democracia é o pluralismo político, a diversidade de vozes”, alerta, em
entrevista à revista “CartaCapital”, publicada nesta terça-feira (25), o
relator especial para a Liberdade de Expressão OEA, Edison Lanza.
Lanza
defende a regulação como medida para tornar os meios mais plurais. “Se o
Estado não intervir em nada, prevalece a lei do mais forte. Basta ter
dinheiro para acumular frequências, controlar um maior número de
veículos, o que implica em concentração de poder”, avalia.
Para o
relator especial, o Brasil adiou a adoção de medidas concretas. “Pelas
denúncias que recebemos da sociedade civil, o País tem um sistema muito
concentrado, sobretudo na tevê aberta. Há muitas rádios controladas por
políticos e o setor comunitário permanece excluído”, critica.
“O Brasil
poderia avançar mais por meio de políticas públicas, que assegurem, por
exemplo, a inclusão dos meios comunitários”, acrescenta.
Confira a entrevista na íntegra.
Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da “CartaCapital”
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